segunda-feira, 9 de junho de 2014

Pingyao, uma joia antiga

 Chegar em Pingyao não foi uma tarefa fácil. Saímos bem cedo de Pequim e pegamos um avião para a cidade de Taiyuan (uma hora de viagem), a mais próxima que possui aeroporto. De Taiyuan, podíamos ir para Pingyao de trem ou de ônibus. Como a viagem de trem era mais rápida, escolhemos essa opção. No aeroporto de Taiyuan, pegamos um ônibus para a estação de trem. Com o guia na mão e escrito em mandarim o nome da estação de trem, perguntei onde era para descer. Um casal de chineses falou que estava indo para lá e fomos seguindo eles. Andamos bastante e nada da estação chegar. Com isso, fiquei desconfiada e mandei eles irem embora. Achamos melhor pegar um táxi, mas nenhum taxista queria nos levar. Eles falavam muito e não entendíamos nada. Resolvi mostrar novamente o guia para um jovem que passou e entendemos que estávamos muito perto. Só que para nossa surpresa, chegamos numa rodoviária e não numa estação de trem. Por curiosidade, rodoviária se escreve 汽车站 (Qìchē zhàn) e estação de trem 火车站 (huǒchē zhàn), sendo diferente somente o primeiro ideograma. Uma observação, o casal que tentou nos ajudar estava na rodoviária. 
 O pouco tempo que ficamos em Taiyuan deu para perceber que a cidade é muito poluída. A rodoviária estava muito suja e a poeira incomodou muito. Por sorte, o ônibus não demorou muito para sair. Demoramos umas 2 horas e meia para percorrer os 90 km de Taiyuan até Pingyao. Esse tempo longo não foi devido à estrada ser ruim, muito pelo contrário, a estrada era ótima, com três pistas. O problema era que o motorista não passava de 60 km/h. Que agonia!!!!  

Exaustos no ônibus

  Como Pingyao é uma cidade murada, o ônibus nos deixou do lado de fora da cidade. Ao desembarcar, vários chineses nos ofereceram transporte até o Hotel. Após muita negociação, acertamos o valor com um deles. Pensamos...tudo resolvido. Que nada! Ele entrou na cidade e queria nos deixar em uma rua qualquer e não na frente do Hotel. Começou a reclamar muito e a andar com o carro como se estivesse perdido, porém nós não descemos. O Igor ligou para o Hotel e pediu para a moça da recepção falar com ele. Eles ficaram um tempão no telefone e quando o Igor perguntou para a moça o que estava acontecendo, ela disse que ele queria mais dinheiro para nos levar até o Hotel. Fingimos que não entendemos e continuamos dentro do carro. Acho que ele percebeu que não iria adiantar aquele "show" todo e rapidinho chegou no Hotel. 
  Após toda essa maratona, chegamos cansados e com muita fome. Por sorte, o Hotel tinha restaurante e a comida estava deliciosa. Como estava chovendo e já era tarde, demos uma volta rápida por algumas ruas da cidade. Devo confessar que a primeira impressão que tive de Pingyao não foi boa, tanto do lado de fora do muro quanto do lado de dentro. Do lado de fora, passamos rápido de carro quando estávamos indo para o Hotel e a cidade me pareceu suja e abandonada. Do lado de dentro, por causa da forte chuva e da cor das construções, a cidade parecia um mar de lama. Com isso, achamos melhor descansar e aproveitar a cidade no dia seguinte. 
Nosso Hotel

 Almoço delicioso

Pingyao


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