domingo, 18 de maio de 2014

CIDADE PROIBIDA

 Retomando o relato da viagem, ainda em Pequim, conhecemos a aguardada Cidade Proibida. Infelizmente, temos poucas fotos devido a forte chuva, sendo a maioria tirada do meu celular para não molhar a nossa máquina. Apesar da chuva, estava lotada e mal conseguimos ver alguns lugares direito. Porém, tudo isso não tirou o encanto e fiquei muito feliz de ter tido a oportunidade de visitar este lugar incrível.
  A Cidade Proibida está situada no centro da cidade e foi o palácio imperial de 24 imperadores durante as dinastias Ming e Qing. Sua construção começou em 1406, durante a Dinastia Ming, sendo concluída após 14 anos. O título de Cidade Proibida surgiu pelo fato de somente o imperador, sua família e empregados especiais terem permissão para entrar no conjunto de prédios do palácio. Atualmente, a Cidade Proibida é oficialmente conhecida como Museu do Palácio (em chinês: 故宫博物院; em pinyin: Gùgōng Bówùyùan).  
  O imenso palácio possui um formato retangular, com cerca de 720.000 metros quadrados e 980 edifícios sobreviventes, sendo o maior complexo palaciano do mundo. A Cidade Proibida deixou de ser o centro político da China em 1912, com a abdicação de Puyi, o último Imperador da China, marcando o fim de séculos de imperialismo. Porém, segundo um acordo assinado entre a Casa Imperial Qing e o novo governo da República da China, foi permitido a Puyi, de fato exigido, viver no interior das paredes da Cidade Proibida. Puyi e a sua família mantiveram o uso do Pátio Interior, enquanto que o Pátio Exterior foi ocupado pelas autoridades republicanas. No entanto, a oposição à permanência de Puyi no palácio aumentou e, em 1924, ele foi expulso. Um filme de 1987, dirigido por Bernardo Bertolucci, chamado "O Último Imperador", conta a história da vida de Puyi. Este filme  ganhou o prêmio Oscar em todas as nove categorias em que foi indicado:  filme, diretor, fotografia, direção de arte, figurino, edição, trilha sonora, som e roteiro adaptado.  O palácio foi aberto como museu em 1925 e foi declarado como Patrimônio Mundial da Humanidade pela Unesco em 1987.
  A Cidade Proibida está rodeada por uma muralha e por um fosso com seis metros de profundidade e 52 metros de largura. As paredes têm 8,62 metros de largura na base, afunilando para 6,66 metros no topo, onde esta forma angular impede tentativas de escalá-la. Estas muralhas serviram como paredes defensivas e de retenção para o palácio. 
Muralha da Cidade Proibida
  Além da muralha, a Cidade Proibida também é cercada por um muro que possui, em cada canto, uma Torre de Flechas. Na foto abaixo pode-se observar o fosso, o muro e uma das Torres da Cidade Proibida.
Torre do canto Noroeste

 Tradicionalmente, a Cidade Proibida está dividida em duas partes: o Pátio Exterior ou Pátio Frontal, que inclui as seções Sul e era usado para propósitos cerimonias; e o Pátio Interior ou Palácio Traseiro, que inclui as seções Norte e servia como residência do Imperador e da sua família. 
 Para conhecer a Cidade Proibida, os turistas entram obrigatoriamente pelo portão Sul, chamado de Portão Meridiano. Após atravessar este portão, pode-se observar uma grande praça com cinco pontes de mármore e o rio da Água Dourada.  
Entrada da Cidade Proibida

Detalhe do rio e uma das pontes 
  Atravessando as pontes chega-se à Porta da Suprema Harmonia e, mais a frente, a Galeria da Harmonia Suprema. Um casal de leões de bronze guarda a entrada da Porta da Suprema Harmonia. O macho encontra-se no lado leste e é retratado com sua pata dianteira sobre um globo, representado o poder do Imperador no mundo. A leoa, no lado oeste, possui sua pata dianteira  sobre um filhote de leão, representando a fertilidade do Imperador e uma família imperial próspera. A rampa central ou pista de mármore, esculpida com dragões que buscam pérolas nas nuvens, era reservada ao Imperador.
Porta da Suprema Harmonia (ao fundo)
Leões de Bronze (fêmea e macho)
Pista de mármore  


   A Galeria da Harmonia Suprema é o maior hall do palácio e era o centro cerimonial do poder imperial, usado durante as coroações e casamentos imperiais. 
Galeria da Harmonia Suprema
 A seção Norte ainda possui a Galeria da Harmonia Central,  usada pelo Imperador para se preparar e descansar antes e durante as cerimônias. Mais além fica a Galeria da Harmonia Preservada, a qual era usada para ensaiar cerimônias, além de ser o local da última etapa do Exame Imperial. Cada uma das galerias apresenta tronos imperiais, sendo o maior e mais elaborado o da Galeria da Harmonia Suprema.
 Trono na Galeria da Harmonia Preservada

 O Pátio Interior está separado do Pátio Exterior por um pátio longo ligado de forma ortogonal ao eixo principal da Cidade Proibida. Este pátio era a casa do Imperador e da sua família. 
  No lado leste do Pátio Interior fica uma série de pátios e palácios menores, que serviam de residência para as concubinas imperiais. 
  No lado nordeste, localiza-se o Palácio da Longevidade Tranquila. Na sua entrada, fica a Tela dos Nove Dragões, um mural de 31 metros de comprimento forrado com 270 azulejos brilhantes. Construído em 1772 durante o reinado do Imperador Qianlong, retrata nove dragões brincando com pérolas contra um fundo de mar e nuvens.  O dragão chinês, representa o yang, o princípio do céu e o emblema da família imperial. A ilustração, portanto, pode ser interpretada como a representação do imperador como o Filho do Céu.
Tela dos Nove Dragões
Palácio da Longevidade Tranquila
  Na parte oeste do Palácio da Longevidade Tranquila encontra-se o Jardim Qianlong, também chamado de Jardim do Palácio da Longevidade Tranquila. 
Jardim Qianlong
  Na parte leste pode-se observar o Changyinge, o maior teatro dentro da Cidade Proibida. 
Teatro
  Caminhando em direção à saída norte do Palácio chega-se no Portão da Pureza Celestial. Após este portão fica um conjunto de três galerias, o Palácio da Pureza Celestial, a Galeria da União e o Palácio da Tranquilidade Terrena. O Imperador, representando o Yang e os Céus, ocupava o Palácio da Pureza Celestial. A Imperatriz, representando o Yin e a Terra, ocupava o Palácio da Tranquilidade Terrena. Entre eles ficava a Galeria da União, onde o Yin e o Yang se misturavam para produzir harmonia.
Portão da Pureza Celestial
 Ao sair pelo portão norte da Cidade Proibida, do outro lado da rua, encontra-se o Parque Jǐngshān, que significa "Paisagem da Colina". O parque possui uma área de 230.000 metros quadrados(cerca de 57 hectares) e do alto da colina, caso o tempo e a poluição ajude, pode-se obter uma boa visão da Cidade Proibida. Esta colina de 45,7 metros de altura é toda artificial, sendo criada a partir do solo escavado na construção do fosso da Cidade Proibida. Até a queda da dinastia Qing, o parque era restrito ao uso imperial. Foi aberto ao público em 1928. 
  Apesar de muito cansados, pois já estávamos umas 4 horas andando na Cidade Proibida, subimos até o topo da colina. Do alto a vista é maravilhosa, porém o tempo não contribuiu e as fotos não ficaram boas.

  Cidade Proibida vista do alto da colina


 Parque Jǐngshān


 Parque Jǐngshān

 Parque Jǐngshān












4 comentários:

  1. Tudo é muito lindo!
    Fico imaginando as pessoas que viviam nesse tempo, nessa cidade, tanto dentro como fora dela... Uma viagem muito " louca".!!!!

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    1. Mãe, imagino a mesma coisa!!!! Adoro conhecer esses lugares mágicos. Saudade!!!!

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  2. Que lugar imenso e maravilhoso. E você nos coloca que parece que estamos ai, as fotos nem se fala, perfeitas. Isso sem falar de todo trabalho seu de montar todo esse blog.
    O legal é que o Igor também topa essas aventuras, vocês se completaram aí na China.
    Parabéns mais uma vez.

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    1. Obrigada!!!
      Escrever esse blog está sendo um aprendizado enorme, além de uma boa terapia.

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